quinta-feira, abril 30, 2009

A imoralidade em Corinto 2

Vai aí uma dica para desenvolver na lição 05.
Retirado do Comentário Bíblico do Professor - Lawrence Richards - CPAD

Escreva as "perguntas certas"no quadro. Peça para os membros do grupo trabalhar em duplas, ledo 1 Coríntios 5 e 6 e escrevendo a respostas que encontrarem. Essa atividade deverá levar cerca de 15 a 20 minutos.

As perguntas:

1. Como ousamos julgar os outros?
2. Que tipo de coisas devem ser disciplinadas?
3. Por que devemos disciplinar as pessoas na família de Deus?
4. De que maneira devemos disciplinar?
5. A disciplina não viola outros direitos?

A imoralidade em Corinto

Introdução

O relaxamento sexual prevalecia entre os gregos do primeiro século, mas desde o princípio a atitude cristã para com as noções e práticas dominantes era de oposição incondicional. Todavia, ao que parece, os coríntios tinham em tal conta a sua emancipação em Cristo, que podiam seguir uma linha inteiramente diversa da dos outros cristãos,e que favorecia até males piores do que os que os gregos em geral praticavam. Isto provoca severa censura da parte de Paulo.

1.Um caso de incesto ( 5.1-13)
O capítulo 5 de começa com uma revelação chocante acerca do pecado de alguns crentes e da atitude da igreja em geral. Um dos membros estava tendo relações com a esposa de seu pai (provavelmente sua madrasta). Até os pagãos condenavam esse tipo de incesto. E a igreja tolerava esse pecado com o orgulho de sempre.

Em primeiro lugar, Paulo denuncia o pecado do incesto (5.1). O incesto é condenado pela lei de Deus (Lv 18.5). Não sabemos se essa mulher ainda estava casada com o pai desse rapaz ou se já havia deixado ou mesmo se era viúva do seu pai.

O incesto violova os próprios princípios do mundo. Paulo recrimina a igreja e denuncia o pecado desse jovem, dizendo que nem os pagãos ousavam cometer tamanha torpeza. Paulo diz que o incesto é condenável não apenas pela lei de Deus, mas também pelos princípios do mundo.

2. A atitude errada da igreja em relação ao pecado ( 5.1,2,6)

Paulo destaca quatro atitudes erradas em relação ao pecado:

Fazer concessão ao pecado (5.1)
Não lamentar o pecado (5.2)
Ficar ensorbebecido pelo pecado (5.2,6)
Não aplicar a disciplina (5.2)

3. A disciplina é essencial

Paulo se dirige à congregação inteira, explicando o que deve ser feito. O versículo 3 parece sugerir que Paulo ministraria a disciplina, mas não é bem assim. É verdade que Paulo dá o seu parecer no caso, mas o gesto da disciplina deveria ser realizado pela igreja. O membro que praticasse incesto deveria ser excluído da comunhão da igreja.

As drásticas medidas tomadas pela igreja em Corinto tinham propósito duplo – salvar o pecador e proteger a igreja.

Conclusão
Deus nos responsabiliza a julgar aquelas coisas, que ele mesmo considera pecado! É compreensível, que aquilo que Paulo menciona nesse capítulo, são coisas que as Escrituras identificam claramente como pecado: idolatria, adultério, homossexualismo, roubo, bebedeira. Deus anunciou seu julgamento sobre todos esses pecados. Nessas áreas a igreja deve falar em nome de Deus. Nosso julgamento deve concordar com o dEle.

segunda-feira, abril 20, 2009

Despenseiros dos mistérios de Deus - Lição 04

Despenseiros dos Mistérios de Deus
Introdução

Diante dos julgamentos dos partidários que se encontravam na igreja de Corinto, Paulo nos mostra que este julgamento e a admiração não tinham a mínima importância, pois ele enfoca que os ministros de Deus, são realmente servos, e somente Deus poderá fazer um julgamento deles.

Apesar de os apóstolos serem somente servos de Cristo, não deviam ser menosprezados. Tinham sido encarregados de uma grande missão, e por essa razão, tinham um ofício honroso

E quem são os verdadeiros ministros de Deus, segundo a Bíblia?

“Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus.” (4.1)

Ministros - A palavra que Paulo emprega aqui é hypēretēs , aplicava-se a um “remador inferior”, isto é, um que remava no grupo de remos da parte de baixo de um grande navio.
Nos grandes navios romanos existiam as galés, que eram porões onde trabalhavam os escravos sentenciados à morte. Aqueles escravos sentenciados à morte prestavam um serviço antes de morrer. Eles tinham seus pés amarrados com grossas correntes e trabalhavam à exaustão sob o flagelo dos chicotes até à morte.

Despenseirosoikonomos era o superintendente de uma propriedade.
“Para que um rico proprietário de terras não fosse um escravo para os seus escravos, tinha que delegar a outrem o trabalho rotineiro de administração” (1 Coríntios, Introdução e comentário. Leon Morris)

Estava sujeito ao seu senhor, e tinha que prestar contas, pois mandava nos demais escravos. Uma das principais características era a fidelidade.

Portanto, Paulo condena o julgamento dos servos de Deus, pois desta forma comparavam os seus ministérios e caiam no erro de menosprezar uns e exaltar outros.


I.OS VERDADEIROS MINISTROS DE CRISTO

1. São Chamados pela vontade de Deus

O ministro não se faz; é feito; Deus o faz. Podemos esclarecer que a chamada divina tem alguns propósitos importantes:
- O ministério, seja qual for, nunca foi uma profissão na Antiga Aliança, muito menos na atual dispensação;
- O ministério neotestamentário é um dom e uma vocação de Deus (Ef 4.11).
Portanto o homem chamado pelo Senhor deve estar consciente de que:
a) Do Senhor vem a recompensa (1Pe 5.2-4)
b) Pelo Senhor ele será julgado (1 Co 4.3-5)
A certeza da chamada de Deus faz o servo do Senhor superar obstáculos considerados, pelo homem, insuperáveis.

2. Têm senso de responsabilidade ministerial.

O ministro deve ter consciência de:
a) é servo de Jesus Cristo, separado por Deus para o evangelho;
b) sua vida foi dedicada à maior das causas, à mais nobre das ocupações, à mais árdua que um homem pode executar;
c) se compromete a viver e trabalhar para Cristo Jesus enquanto viver, e sua missão fundamental e pregar o evangelho.
d) sua obrigação é levar a mensagem salvadora aos perdidos a tempo e fora dele;
e) sua vida não lhe pertence, mas foi oferecida em sacrifício vivo, santo e agradável ao Senhor da seara, que o chamou e o qualificou, pondo-no no ministério santo;

3. São piedosos e íntegros

O êxito no ministério está fundamentalmente ligado ao caráter santificado do ministro. É exigido do ministro que a sua vida seja autêntica, O exemplo do ministro falará muito mais alto do que todos os seus sermões, estudos e escritos. Paulo e Pedro, preocuparam-se em escrever as características para um ministro, vejamos algumas:

a) Irrepreensível (1 Tm3.2);
“É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; 3não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento”

b) Temperante (1 Tm3.2);
“É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; 3não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento”

c) Sóbrio (1Pe 1.13) ;
“Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo.”

d) Ordeiro (Fp 1.27);
“Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica”

e) Não arrogante (Tt 1.7);
“Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância”

f) Não irascível (Tt 1.7);
“ Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância;”

g) Não violento (1Tm 3.3)
“ não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento;´

h) Inimigo de Contendas (2Tm 2.24)
“ Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente”

i) Cordato (1 Tm 3.3)
“não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento”

j) Justo (Tt 1.8)
l) Piedoso (Tt 1.8)
“ antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si”

4. São comprometidos com a Palavra de Deus

Um pastor deve ser conhecido como um pregador, um homem da Palavra. Nenhuma distinção lhe é tão adequada.

O ministro também é um arauto, aquele que recebe a solene responsabilidade de proclamar as boas novas de Deus. Se no princípio de 1 Co 4, Paulo disse que cita “despenseiros dos mistérios de Deus, no primeiro capítulo, ele resume a atividade do pregado na expressão ”pregamos [keryssomen, proclamamos] a Cristo crucificado”, e declara que através dessa proclamação de arauto (kerygma) é que aprouve a Deus salvar os que crêem (1 Co 1.21,23).

II. A MISSÃO DOS MINISTROS DE CRISTO

São três os pilares:

1.Serviço.
Os ministros são meros servos de Cristo. Quando lemos os textos paulinos, parece que notamos ser o título de servo que mais o honrava. Realmente , o ministro consciente de sua vocação sente-se feliz de ser servo de Deus. O servo não tem direitos e sempre depende de seu senhor. Eles não têm autoridade procedentes deles mesmos.

“Paulo está dizendo para não colocarmos os holofotes sobre um homem, porque importa que os homens nos considerem como huperetes e não como capitães de navio” (1 Coríntios , Como resolver conflitos na igreja. Hernandes Dias Lopes)

2. Mordomia.

O ministro é um despenseiro, aquele que toma conta da casa do seu senhor. Em relação ao dono da casa, o mordomo era um escravo, mas em relação aos outros serviçais, ele era o superintendente. Ele cuidava da alimentação da casa, mas não era sua responsabilidade prover o alimento, e sim, distribuir, no devido tempo, o sustento àqueles a quem Deus lhe confiou. Esse alimento é a Palavra de Deus. Sabemos, porém que, é possível ter na despensa os melhores alimentos e, mesmo assim, ter na mesa a pior refeição.
O mordomo precisa ser absolutamente fiel no exercício do seu trabalho, a sua função não é agradar a outras pessoas da casa, mas ao seu senhor.

Despenseiro é um título que descreve todo aquele que tem o privilégio de pregar a Palavra de Deus, especialmente no ministério pastoral.
A família de Deus precisa urgentemente de despenseiros fiéis que distribuam sistematicamente toda a Palavra de Deus; não apenas o NT, mas o Antigo também; não apenas os textos que apóiam as doutrinas favoritas do pregador, os que não apóiam também.

3. Fidelidade
“ Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel.” (4.2)

Deus requer fidelidade dos seus despenseiros. No dia em que formos prestar contas, Deus levará em conta a fidelidade. Pela natureza do caso, o trabalho de um oikonomos não era supervisionado rigorosamente. O primeiro dos fatores essenciais, era que o despenseiro fosse digno de confiança. Este é um princípio importante para todos os cristãos, pois como vemos em 1 Pe 4.10, todos são despenseiros


III. MINISTROS DOS MISTÉRIOS DE DEUS

Os "mistérios de Deus" são as verdades e doutrinas bíblicas da redenção e do glorioso futuro da Igreja do Senhor, desconhecidas no Antigo Testamento, mas reveladas por Jesus nos Evangelhos.


IV. A AVALIAÇÃO DOS MINISTROS DE CRISTO

1.O juízo dos outros
“Todavia, a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós ou por tribunal humano”(4.3a).

O julgamento dos homens não é mais importante, porque nós não estamos servindo a homens, mas servindo a Deus. Paulo está dizendo que se ele fosse servo de homens ou procurasse agradar a homens, ele não seria servo de Cristo (Gl 1.10)

“É um consolo que os homens não sejam nossos juízes definitivos. Não é fazer um bom juízo de nós mesmos, nem justificar-nos o que finalmente nos dará seguridade e felicidade. Nosso próprio juízo sobre nossa fidelidade não é mais confiável que nossas próprias obras para nossa justificação.” (Comentário Bíblico Mathew Henry)


2.O juízo próprio.
O mordomo nem sequer pode confiar no juízo que faz de si mesmo; pode não estar cônscio de suas próprias falhas (4). O conselho do apóstolo, portanto, aos cristãos é no sentido de desistirem de emitir juízo uns sobre os outros, deixando o exercício desse julgamento para Cristo, quando vier, e então cada um receberá o seu louvor da parte de Deus

3. O juízo de Deus
O juízo do Senhor será perfeito, pois Ele porá a descoberto as coisas ocultas das trevas. Todas as coisas que foram feitas, sejam elas boas ou más estão diante dos olhos de Deus. Somente Deus pode julga, também as motivações das obras, nem sempre quando se faz uma boa obra, têm-se a motivação correta.
O julgamento de Deus é o julgamento que realmente conta. O caráter final do julgamento vem de Deus e não se pode apelar dele.

Conclusão

O ministro, não pode deixar de cultivar características que deem credibilidade como mensageiro dos mistérios de Deus, a Palavra eterna. Ele é um dos principais agentes de transformação da vida de seus ouvintes, e como tal precisa evidenciar em si mesmo características de uma vida igualmente transformada pelo poder do evangelho e do Espírito Santo.


Fontes:
1 Coríntios, como resolver conflitos na igreja. Hernandes Dias Lopes - Hagnos
1 Coríntios - Introdução e comentário. Leon Morris - Vida Nova
Comentário Bíblico - 1 e 2 Coríntios - Thomas Reginald Hoover
O Perfil do Pregador - John Stott - Vida Nova
Teologia Pastoral - José Deneval Mendes - CPAD
Vocação - Kléos Magalhães Lenz César - Ultimato
O Pastor e o seu ministério - Anísio Batista Dantas - CPAD

sábado, abril 18, 2009

Partidarismo na Igreja - II

Os Crentes unidos

O espírito de sectarismo existia na igreja de Corinto, o que poderia causar um cisma.Isto estava acontecendo justamente porque a igreja estava sendo influenciada pelo mundo. As pessoas de Corinto estavam acostumadas a admirarem pensadores e filósofos, que iam para as praças divulgarem suas idéias, e esta influência entrou na igreja. Esta era uma das principais preocupações de Paulo, por isso ele cita esta divisão logo no primeiro capítulo.

“Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer” (1.10)

As divisões eram internas. Paulo pede que corrijam a situação e que sejam inteiramente unidos. Paulo utiliza um verbo cuja sua tradução do grego, tem a ver com a restauração de algo à sua condição correta.

Os quatros partidos

Paulo menciona quatro partidos dentro da igreja de Corinto.

“Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo.” (1.12)

Porque os coríntios escolheram para si três ministros e também Cristo como os seus respectivos lideres?


“Eu sou de Paulo”
Provavelmente os indivíduos “partidários” de Paulo, eram gentios e admiradores da linha de pregação de Paulo, ou seja da liberdade cristã. É muito provável que este grupo confundisse liberdade com libertinagem e utilizasse o cristianismo para fazer o que bem queria.

“e eu, de Apolo”
Apolo era da cidade de Alexandria, a segunda maior cidade do mundo, os centros da atividade intelectual do mundo, a exemplo têm a biblioteca de Alexandria, uma das maiores do mundo.
A este grupo pertenciam os intelectuais, pois admiravam o grande orador e um homem de fluência na palavra (At 18.24). Estes gostavam de eloqüência e cheio de retórica. Era a elite intelectual da igreja.

“e eu, de Cefas”
Cefas era a forma aramaica de Pedro. Não sabemos se Pedro tinha estado alguma vez em Corinto. Mas, Pedro era cristão mais antigo que Paulo. É possível que sua pregação tivesse ênfase diferente da de Paulo.
De certa forma Pedro representava o cristianismo judeu, portanto a este grupo pertenciam os judeus e prosélitos (pessoas que se tornavam judeus pela circuncisão), estas pessoas observavam os ritos judeus e ensinavam que o homem devia observar a lei para a salvação.

“e eu, de Cristo”
É bem provável que este fosse o grupo mais perigoso, por ser talvez, exclusivista. Achavam-se os únicos cristãos verdadeiros. Isto mostra que eles não se submetiam a qualquer líder humano.

Os crentes gloriando-se no Senhor

Os coríntios caíram num erro sério ao se gloriarem dos líderes humanos. Paulo rejeitou a tentação de formar uma igreja baseada na sua própria popularidade. Para combater a quase adoração de líderes humanos praticada pelos crentes coríntios, Paulo ressalta:

“ escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.” ( 1.27-29).

Devemos nos gloriar somente no Senhor.

terça-feira, abril 14, 2009

Partidarismo na Igreja

Meus amados, esta ainda não é a postagem com o subsídio para a terceira lição, mas quero deixar aqui um exemplo prático sobre o tema desta lição, para que os professores possam utilizar em suas aulas. Trata-se da eleição de 2009 para a presidência da CGADB, este é um grande exemplo para ser usado nesta lição. Muitos irmãos tem defendido seus candidatos de forma veemente e muitas vezes usando ofensas, levantando dissenções, brigas e discussões que não levam a nada, a não ser envergonhar o Evangelho de Cristo.

Meu objetivo não é entrar nos méritos desta discussão, mas separei alguns links que podem posicioná-los melhor sobre o assunto.






Que Deus nos guarde!
Maranata!

"porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos em união com ele." 1 Ts 5.9,10

Árduo é o ministério do ensino

Árduo é o ministério do ensino. São tantas as dificuldades encontradas, tantas barreiras...que todo dia devemos orar ao Senhor buscando motivação e ânimo para continuar.

Que atire a primeira pedra aquele professor ou superintendente, que nunca se viu diante de pelo menos uma dessas adversidades:

Classe vazias - este é um mal crônico que tem afetado muitas escolas dominicais, o que dizer então quando amanhece chovendo? parece que muitos dos nossos irmãos não conseguem trocar sua cama quentinha pela exposição da Palavra de Deus, sabemos que muitos encontram dificuldade de locomoção, mas o que dizer daqueles que são 'vizinhos' da igreja? Lembro-me que certa vez fui ao interior do Maranhão, e na ocasião visitei a escola dominical de uma igreja local, durante o percurso, que fiz de carro, vi muitos irmãos a caminho da casa de Deus, uns a pé, outros de bicicletas, outros de carroça, mas todos estavam indo bem cedo, para ouvirem o ensino da Bíblia Sagrada. Alegrei-me muito com a cena, mas confesso que também senti-me envergonhado. Envergonhado, por saber que muitos alunos que têm muito mais facilidade, sempre arrumam uma desculpa para não frequentarem a EBD.

Outro grande problema é a falta de recursos financeiros, que por sua vez reflete na falta de recursos didáticos. Bem-aventurados aqueles mestres que tem disponíveis em suas classes, quadro branco, mapas, flip-chart, livros para pesquisas, slides, entre outros. Muitas vezes não há o mínimo de recursos, nem para comprar o lanche dos alunos das classes infantis. Falo isso porque já vi muitas vezes professores tirando de seu próprio bolso dinheiro para tal finalidade. Talvez este ponto seja o precedente para o item anterior, neste caso os professores, acabam sendo vítimas, pois não podem desempenhar seu ofício com destreza.

Salas de aulas (quando existem) inadequadas - resolvi deixar este item separado, pois acho importante frisar que muitas EBDs por aí funcionam sem a mínima estrutura, são 'classes' umas próximas a outras, onde além de outras funções, o professor exerce o papel de "regulador de som" dos seu alunos e do professor da classe do lado. Tenho visto construções de grandes templos, e são pouquissímos que se preocupam em fazer salas de aulas. Há espaço até pra tendinha do lanche ou pra lojinha que vai vender os cds e dvds do próximo grande pregador que passará por lá, só não há espaço e recursos para salas que serão usadas para preparar o povo de Deus.

Líderes (incluindo aqui pastores) que não dão apoio algum à EBD - Glorifico a Deus porque não são todos assim, há ainda remanescentes que sabem da importância do ensino. Certa vez conheci alguns irmãos que congregavam em uma igreja, cujo pastor aboliu a Escola Bíblica, pois segundo ele não havia em sua Bíblia nenhuma referência a esta agência de ensino. Quanta ignorância! Alertei aos irmãos que todos nós precisamos do estudo sistemático da Palavra de Deus, mas, infelizmente fui ignorado. Esta igreja viveu um momento de "crescimento", mas na primeira dificuldade, no primeiro ataque de Satanás, muitos negaram sua fé, muitos caíram e a igreja diminuiu na mesma velocidade que inchou. O motivo? Não haviam raízes, estas só podem ser produzidas pela poder que há na Bíblia Sagrada.
Existem outros pastores que se até se orgulham do trabalho de EBD de sua igreja, mas nunca a frequentam, sempre arrumam ocupações neste horário, alguns acham que é hora de fazer visitas, ou de fazer manutenção na igreja, outros marcam reuniões administrativas...e a cada domingo que passa as ovelhas não veem seu pastor na hora que estão sendo alimentadas.

Já vivi um caso, que um membro da igreja era candidato a vereador da cidade, e este resolveu fazer uma carreata no domingo pela manhã, no horário da Escola, e grande parte da liderança, da igreja deixou de cumprir sua responsabidade com Deus, para fazerem campanha política. E acreditem se quiserem...tiveram a falta de vergonha de passaram em frente a igreja, convidando os alunos a fazerem parte daquele evento maldito. MISERICÓRDIA!!

Para encerrar há ainda o problema de desprestígio da EBD, em relação a outros trabalhos da igreja. Há dinheiro pra outros departamentos, há agenda livre, há apoio do pastor.
Sempre se dá um jeito de comprar farda para vocal, mas não tem dinheiro pra presentear um irmão que não tem condições de comprar a revista do trimestre. Tem músico tocando em todos os trabalhos, mas na EBD, os músicos sempre estão de folga. Tem automóvel pra levar irmãos para o Congresso de Jovens, mas não tem uma bicicleta pra levar a irmã que mora muito longe da congregação.

Portanto, meus amados este são pelo menos alguns dos empecilhos encontrados no ministério de ensino, mas não desanimem, pois o trabalho tem sido feito para a glória do nosso Senhor e ele os honrará.

Se você já passou por experiências semelhantes ou já enfrentou estas ou outras barreiras, comente.


Em Cristo
Eduardo Sousa

quarta-feira, abril 08, 2009

A Superioridade da Mensagem da Cruz

Para corrigir esse problema, Paulo expõe nesse capítulo os fundamentos básicos da mensagem do evangelho. Ele levanta três colunas que sustentam a verdadeira mensagem do evangelho: O evangelho centraliza-se na morte de Cristo, é parte do plano eterno de Deus e é revelado pelo Espírito Santo por intermédio da Palavra de Deus.

 O evangelho está centralizado na morte de Cristo na cruz (2.1-5)

A morte de Cristo e a proclamação dessa morte pareciam totalmente absurdas aos gentios.

Conteúdo do Evangelho

 “Porque, quando estive com vocês, resolvi esquecer tudo, a não ser Jesus Cristo e principalmente a sua morte na cruz.” (2.2).

 A cruz aponta para a justiça e para o amor de Deus. O evangelho centraliza-se na morte de Cristo. Na capital da filosofia, Paulo decide pregar a mensagem da cruz de Cristo. A morte de Cristo na é uma doutrina periférica do cristianismo. A morte substitutiva de Cristo na cruz é o ponto central e culminante do evangelho. Não há outro evangelho a ser pregado a não ser “Jesus Cristo e este crucificado”.

 A mesma cruz, que era escândalo para os judeus e loucura para os gregos, era o conteúdo da pregação de Paulo. Paulo se gloriava daquilo que os judeus e gregos se envergonhavam.

 Paulo escandaliza a cidade de Corinto ao dizer que é no Cristo crucificado que se encarna a verdadeira sabedoria de Deus.

Paulo usa linguagem forte em 1.27,28. As coisas loucas do mundo irão envergonhar os sábios e as fracas do mundo irão envergonhar os fortes.

Dedicação exclusiva do evangelho

 “Meus irmãos, quando fui anunciar a vocês a verdade secreta de Deus, não usei muitas palavras nem grande sabedoria.” (2.1)

 Paulo não foi a Corinto como um filósofo, para apresentar mais uma idéia. Ele foi a Corinto para glorificar a Deus pregando o evangelho de Jesus Cristo.

Política, filosofia nem dinheiro podem ocupar o lugar da cruz de Cristo. A vida de Paulo era anunciar Cristo. Essa é a grande necessidade dos pregadores. A pregação é a maior necessidade da igreja e a maior necessidade do mundo

Maneira de pregar o evangelho.

Observem que no versículo 1, Paulo diz que ao chegar a Corinto, ela anunciou o testemunho de Deus com ostentação de linguagem, ou de sabedoria, ou seja, ele não se tornou um filósofo ou orador, mas chegou a Corinto como uma testemunha. Paulo diz que tem tem duas maneiras de pregar o evangelho:

Primeiro ele menciona o aspecto negativo: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria...”(2.4). A forma não pode ser maior que o conteúdo.

Segunda maneira é positiva: “e foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós” (2.3,4; 2 Co 11.30). Ele não foi com ufanismo ou autoconfiança; ele não foi com soberba e vanglória, mas foi com muita humildade, por entender a grandeza e majestade da mensagem que ele estava pregando. Ele foi na total dependência de Deus.

O propósito de pregar o evangelho

“Portanto, a fé que vocês têm não se baseia na sabedoria humana, mas no poder de Deus.” (2.5)

 Temos de pregar o evangelho com simplicidade, ressaltando o seu conteúdo para que as pessoas não dêem mais importância ao pregador do que a mensagem.

O propósito da pregação não é enaltecer o pregador, mas o Jesus que o pregador anuncia.

sexta-feira, abril 03, 2009

Corínto - Uma Igreja Fervorosa, mas não Espiritual

Introdução

Os dois livros do NT intitulados “Coríntios”foram escritos pelo grande missionário Paulo. Ele compôs essas cartas para os crentes em Corinto uma das maiores cidades do Império Romano, um centro urbano próspero, mas muito corrupto. Por volta do ano 50 d.C., Paulo Chegou a essa cidade tão necessitada. Passou logo a pregar aos judeus a mensagem de que Jesus era o Messias, mas a maioria rejeitou. Foi entre os gentios que Paulo ganhou maior parte dos novos convertidos. Ele organizou uma igreja e permaneceu algum tempo na cidade, ensinando aos novos crentes a Palavra de Deus. Após sua partida surgiram sérios problemas.

1. O Contexto da Época

CORINTO
A península do Peloponeso, no Sul da Grécia, é um território montanhoso unido ao resto do país por um istmo curto e estreito. Na época do Novo Testamento estava sob a administração romana, como parte da província da Acaia, cuja capital, Corinto, estava situada a poucos quilômetros a sudoeste do istmo.
Ao longo da sua existência, Corinto conheceu o esplendor e a miséria. No ano 146 a.C., esteve a ponto de desaparecer, arrasada pelos romanos; mas, um século depois, no ano 44 a.C., Roma mesmo cuidou para que a cidade fosse reconstruída e constituída como a residência do governador da província. Esse último dado ficou registrado com exatidão em At 18.12-18, onde se diz que o procônsul Lúcio Júnio Gálio governava a Acaia quando Paulo chegou ali na sua segunda viagem missionária.
Corinto tinha uma dupla saída para o mar: para o Adriático pelo porto de Lequeo, e para o Egeu pelo de Cencréia (cf. At 18.18 e Rm 16.1). Essa privilegiada situação geográfica trazia não poucos benefícios à cidade, pois os dois portos eram muito freqüentados pelos barcos que faziam as rotas comerciais através dos dois mares.
A população de Corinto, estimada naquela época em cerca de 600.000 pessoas, incluía mercadores, marinheiros, soldados romanos aposentados e uma elevadíssima proporção de escravos (por volta de 400.000). Corinto era, além disso, um centro de incessante afluência de peregrinos, que vinham de lugares distantes para adorar às diversas divindades que tinham um santuário nela.
A cidade, famosa pela sua riqueza e cultura, era conhecida também pela corrupção moral dos seus habitantes e pela libertinagem que dominava os costumes da sociedade. É possível que muitas das críticas que lhe faziam fossem exageradas, mas certamente a má reputação de Corinto, fomentada por causas tão conhecidas como a prostituição sagrada no templo de Afrodite, era notória em toda a bacia do Mediterrâneo.


A IGREJA DE CORINTO
Naquele ambiente, a existência de uma pequena comunidade cristã, composta na sua maior parte por pessoas simples, de origem gentia (1.26; 12.2) e de recente conversão, se via submetida a fortes tensões espirituais e morais.
O anúncio do evangelho havia sido bem acolhido desde o princípio, quando Paulo, provavelmente no início da década de 50, chegou a Corinto vindo de Atenas. Durante “um ano e seis meses” (At 18.11), permaneceu na cidade, dedicado à proclamação da fé em Jesus Cristo (At 18.1-18).
As primeiras atuações do apóstolo, segundo o seu costume, visavam travar relacionamento com os judeus residentes (At 18.2,4,6,8); mas a oposição de muitos deles logo o levou a dedicar os maiores esforços à população gentia (At 18.6).
Parece que o trabalho do apóstolo, durante o tempo relativamente longo em que permaneceu na capital de Acaia, visava acima de tudo lançar os fundamentos para que outros depois dele, como Apolo (1.12), pudessem continuar anunciando o evangelho na região do Peloponeso (3.6-15).

DATA E LUGAR DE REDAÇÃO
A Primeira Epístola aos Coríntios (1Co) foi escrita em Éfeso, onde, segundo At 20.31, Paulo viveu três anos, provavelmente entre 54 e 57. Enquanto estava ali, os crentes da congregação fizeram chegar a ele, possivelmente por meio de Estéfanas, Fortunato e Acaico (cf. 16.17), algumas consultas, às quais respondeu com a presente carta (cf. as passagens que começam em 7.1,25; 8.1 e também 10.23; 11.2; 12.1; 15.1).

PROPÓSITO DA EPÍSTOLA
Algumas pessoas “da casa de Cloe” informaram ao apóstolo (1.11) sobre a difícil situação que estavam atravessando os crentes de Corinto. Impelidos pela fanática adesão pessoal de uns a Paulo e de outros a Pedro ou a Apolo (1.12; 3.4), haviam posto em grave perigo a unidade da igreja.
Além disso, os antecedentes pagãos da maioria daqueles irmãos continuavam pesando na conduta de alguns, e a corrupção geral, característica da cidade, era influente também na congregação, de modo que, inclusive no seu seio, se davam casos de imoralidade que exigiam ser imediatamente corrigidos.

CONTEÚDO E ESTRUTURA
Paulo começa esta carta abordando o problema das divisões internas, ameaça que caía sobre a comunidade cristã como um sinal da incompreensão e esquecimento de determinadas afirmações básicas da fé: que a Igreja é convocada à unidade de pensamento e de parecer (1.10-17; cf. Jo 17.21-23; Ef 4.1-6; Fp 2.1-11); que a única verdadeira sabedoria é a que “Deus preordenou... para a nossa glória” (1.18—3.4) e que somente Cristo é o fundamento da nossa salvação (3.5—4.5; cf. 1Tm 2.5-6).
Em seguida, trata de orientar os seus leitores sobre outros males que já estavam presentes na igreja, mas cujo progresso devia ser impedido sem perda de tempo: uma situação incestuosa consentida pela congregação (5.1-13), questões judiciais surgidas entre os crentes e promovidas perante juízes pagãos (6.1-11), comportamentos sexuais condenáveis (6.12-20) e atitudes indignas entre os participantes do culto, especialmente na Ceia do Senhor (11.17-22,27-34).
Junto com todas essas instruções, a carta contém as respostas do apóstolo às perguntas dos coríntios relacionadas com o matrimônio cristão e o celibato (7.1-40), com o consumo de alimentos que antes de sua venda pública haviam sido consagrados aos ídolos (8.1-13; 10.25-31) ou com a diversidade e o exercício dos dons outorgados pelo Espírito Santo (12.1—14.40).
Outros textos, relacionados com questões doutrinárias e de testemunho cristão, incluem admoestações contra a idolatria (10.1—11.1) e considerações sobre os enfeites das mulheres no culto (11.2-16) e sobre a instituição da Ceia do Senhor (11.23-26). Notáveis pela sua beleza e a sua profundidade de pensamento são o poema de exaltação do amor ao próximo (12.31b—13.13) e a extensa declaração sobre a ressurreição dos mortos (15.1-58).
O corpo central de 1Coríntios, que tem como prólogo uma saudação e uma apresentação temática de caráter geral (1.1-9), conclui com um epílogo que contém breves indicações acerca da oferta para a igreja de Jerusalém, mais as saudações de costume e notas pessoais (16.1-24).

ESBOÇO:
Prólogo (1.1-9)
1. Divisão e escândalo na igreja de Corinto (1.10—6.20)
a. Divisões internas na igreja (1.10—3.23)
b. Correta compreensão do ministério apostólico (4.1-21)
c. Um caso de incesto (5.1-13)
d. Questões judiciais entregues a juízes pagãos (6.1-11)
e. Problemas de imoralidade (6.12-20)
2. Resposta às consultas da igreja de Corinto (7.1—15.58)
a. Matrimônio e celibato (7.1-40)
b. Alimentos consagrados a ídolos e a liberdade cristã (8.1—11.1)
c. Desordem no culto público (11.2-34)
d. A questão dos dons espirituais (12.1—14.40)
e. A questão da ressurreição (15.1-58)
Epílogo (16.1-24)


quarta-feira, abril 01, 2009

Por que Paulo resolveu plantar uma igreja em Corinto?

Paulo era um missionário estrategista. Ele escolhia as cidades para as quais se dirigia com muito critério e cuidado. Corinto era uma as maiores e mais importantes cidades do mundo como também Roma Éfeso e Alexandria. Por que Paulo escolheu Corinto? Por que ele permaneceu dezoito meses nessa cidade? Eis abaixo algumas questões porque Paulo resolveu plantar uma igreja nesta cidade.

 Razão geográfica

Corinto era uma cidade grega, de grande importância. Ela ficava bem próxima de Atenas, a grande capital da Grécia, e a capital intelectual do mundo. Corinto era uma cidade banhada por dois mares, o mar Egeu e o mar Jônico. Em Corinto ficava um dos mais importantes portos da época, o ponto de Cencréia. Portanto, a cidade de Corinto era cosmopolita. O mundo inteiro dentro dela. Evangelizar Corinto era um plano estratégico, pois o evangelho a partir de Corinto poderia se espalhar e alcançar o mundo inteiro. Essa foi um das razões pó que Paulo se concentrou nessa cidade.

A Razão Social

Corinto era uma grande e importante cidade. A maior parte do comércio entre o Oriente e o Ocidente do Mediterrâneo optava por passar por Corinto. Também era uma cidade florescente com respeito à cultura.

A cidade fora destruída e totalmente arrasada pelos romanos no ano de 146 a.C. e somente por volta do ano 46 a.C. é que César Augusto a reconstruiu. Quando Paulo chegou a Corinto, ela já era uma cidade nova. Paulo entendeu que o florescimento da cidade favorecia a semeadura do evangelho e pavimentava o caminho para a plantação de uma nova igreja.

 A Razão Cultural

 Corinto era uma das cidades mais importantes do mundo, naquela época, e isso por 3 razões:

 Pelo seu comércio

 Corinto era uma cidade marítima tinha um porto, e, naquela época, era uma rota comercial importante e o comércio do mundo passava por ali. Isso foi visto por Paulo como uma porta aberta para a pregação. Plantar uma igreja em Corinto era abrir janelas de evangelização para o mundo.

 Pela sua tradição esportiva

 Corinto era, também, uma cidade importantíssima na área dos esportes. A prática dos jogos ístmicos de Corinto só era superada pelos jogos olímpicos de Atenas. Corinto era uma cidade que atraía gente do mundo inteiro para a prática esportiva.

 Pela sua abertura a novas idéias

 Corinto era uma cidade altamente intelectual. O principal hobby da cidade era ir para as praças e ouvir os grandes filósofos e pensadores exporem suas idéias. Era uma cidade que transpirava cultura e conhecimento. Paulo entendia que o evangelho poderia chegar ali e mudar a cosmovisão da cidade..

 A Razão Moral

 Embora Corinto fosse uma cidade acentuadamente intelectual, era ao mesmo tempo profundamente depravada moralmente. Talvez, Corinto tenha ganhado a fama de ser uma das cidades mais depravadas da história antiga. A palavra korinthiazesthai,  viver como um coríntio, chegou a ser parte do idioma grego, e significava viver bêbado e na corrupção moral.

A cidade de Corinto era corrompida por algumas razões:

A prostituição. Naquela cidade, a deusa Afrodite era adorada e tinha o seu templo sede na Acrópole, uma montanha com mais de 560 metros de altura, na parte mais alta da cidade. Afrodite era considerada a deusa do amor. Mil sacerdotisas trabalhavam com prostitutas cultuais nesse templo de Afrodite. “Milhares de coríntios adoravam seus deuses ‘visitando” essas “sacerdotisas” 

O homossexualismo. Corinto era uma cidade onde ficavam os principais monumentos de Apolo. A adoração a Apolo induzia a juventude de Corinto bem como a juventude grega em geral a se entregar ao homossexualismo. Talvez Corinto fosse o centro homossexual do mundo na época. Muitos membros da igreja de Corinto, antes da sua conversão, tinham vivido na prática do homossexualismo (1Co 6.9-11)

 A Carnalidade. Havia na igreja de Corinto divisões e práticas sexuais desregradas. A igreja de Corinto era uma igreja infantil e carnal.

 5.   A Razão Espiritual

 Corinto era uma cidade com muitos deuses e muitos ídolos. Até hoje, quando se visita Corinto, pode se visualizar enormes estátuas e monumentos que foram dedicados aos deuses. Por ver a cidade perdida no cipoal de uma infinidade de deuses, Paulo entendeu que estavam precisando do Deus verdadeiro.


Fonte: 1 Coríntios - Como resolver conflitos na igreja - Hernades Dias Lopes