sexta-feira, julho 31, 2009

Honestidade a Toda Prova - Adolescentes

Amados Professores de Adolescentes,

O tema da lição deste domingo é sobre honestidade e no Brasil temos vários exemplos de desonestidade. Quando falamos em desonestidade nos lembramos logo das pessoas que vivem nas esferas políticas e de poder, mas vale a pena lembrar que o ser humano sem Cristo, sem poder ou não, sempre procuram um jeitinho. O que dizer sobre pessoas que usam carteiras de idosos e para terem passe livre, outros estacionam em lugares de deficientes físicos, outros usam carteira de estudante que pertence a outro, há aqueles que sempre dão um jeitinho de burlar a tv a cabo ou o imposto de renda.
Deixo aqui para apreciação um artigo escrito pela nossa irmã em Cristo e jornalista da Globo Délis Ortiz, publicado na revista Ultimato.
Leiam e compartillem com seus alunos.

A cara do Brasil

Delis Ortiz

Outro dia, ao chegar ao Rio de Janeiro, tomei um táxi. O motorista, jeito carioca, extrovertido, foi logo puxando papo, de olho no retrovisor.

-- A senhora é de Brasília, não é?

-- Sim -- respondi.

-- É, eu a reconheci. E como é que a senhora aguenta conviver com aqueles ladrões lá do Planalto Central? Não deve ser moleza.

O sujeito disparou a falar de políticos, do tanto que eles são asquerosos, corruptos... Desfiou um rosário de adjetivos comuns à politicagem nacional.

Brasília é o palco mais visível dessas mazelas e nem poderia deixar de ser. Afinal, o país inteiro olha para lá. O taxista era só mais um crítico, aparentemente atento. E ele sabia dar nomes aos bois que pastavam tranquilamente no orçamento da união, que se espreguiçavam impunemente sob a sombra da imunidade parlamentar ou de leis feitas em benefício próprio. E que, de tempos em tempos, se refrescavam nas águas eleitoreiras.

O carro seguia em alta velocidade; a distância parecia esticada. Vi uma bandeira três em disparada.

Lá pelas tantas, quando já estávamos dentro de um segundo túnel escuro, o condutor falante sugeriu um “dia sem corrupção”.

-- Já pensou -- disse ele -- se uma vez por ano esses homens não roubassem?

-- Interessante -- a exclamação me escapou aos lábios.

-- Sim -- continuou entusiasmado --, seria uma economia e tanto.

Nessa hora, me dei conta de que estávamos percorrendo o caminho mais longo para o meu destino. Chegava a ser irracional a quantia de voltas para acertar o rumo. Deixei.

-- Os economistas comentam -- tagarelava ele -- que somos um país rico. Não deveria existir déficit da previdência, os impostos nem precisariam ser tão altos, o serviço público poderia ser de primeira. O problema é que quanto mais se arrecada, mais escorre pelo ralo, tamanha a roubalheira.

Tão observador, será que ainda se lembrava em quem tinha votado para deputado ou senador na última eleição? Fiz a pergunta e, depois de algum silêncio, a resposta foi não. Pena.

Caímos num engarrafamento, cenário perfeito para aquele juiz de plantão tecer mais comentários sobre o malfeito.

-- Veja como são as coisas, os riquinhos ociosos da Zona Sul, que deveriam pensar em quem tem pressa, acham que são os donos do pedaço e vão embicando seus carros, furando fila, costurando de uma faixa a outra, querendo levar vantagem. A gente, que é motorista de táxi, tem que ficar atento, porque os guardas estão de olho, qualquer coisinha eles multam. Mas eles fazem vista grossa para as vans que transportam pessoas ilegalmente. Elas param onde querem, estão tomando os nossos passageiros. Como não tem ônibus para todo mundo e táxi fica caro, muita gente prefere ir de van.

Por falar em “caro”, a interminável corrida já estava me saindo um absurdo... Resolvi pontuar algumas coisas.

-- Por que o senhor escolheu o caminho mais longo?

Ele tentou se justificar:

-- É que eu estava fugindo do congestionamento.

-- Mas acabamos caindo no pior deles -- retruquei. E por que o senhor está usando bandeira três se não tenho bagagem no porta-malas nem é feriado hoje? -- continuei questionando.

Ele disse que estava na três para compensar a provável falta de passageiro na volta. Claro que não, eu sabia.

Finalmente, consegui chegar ao endereço pretendido. Fiz mais um teste com o “probo” cidadão: paguei com uma nota mais alta e pedi nota fiscal. Ele me devolveu o troco a menos e disse que o seu talão de notas havia acabado.

-- Veja como são as coisas, seu moço -- emendei. O senhor veio de lá aqui destilando a ira de um trabalhador honesto. No entanto, se aproveitou do fato de eu não saber andar na cidade, empurrou uma bandeirada, andou acima da velocidade permitida, furou sinal, deu voltas, fingiu que me deu o troco certo e diz que não tem nota fiscal!

O brasileiro esperto quis interromper, mas era minha vez de falar.

-- O senhor acha mesmo que ladrões são aqueles que estão em Brasília? Que diferença há entre o senhor e eles?

Eu sabia que estava correndo risco de uma reação violenta, mas não me contive. Os “homens” do Planalto Central são o extrato fiel da nossa sociedade. Quantos taxistas desse porte vemos dirigindo instituições? Bons de discursos... Na prática...

Desembarquei com a lição latejando em mim. Quantas vezes, como fez esse taxista, usamos espelho apenas como retrovisor para reter histórias alheias? Nossas caras, tão deformadas, tão retocadas, tão disfarçadas, onde estão? Onde as escondemos que não aparecem no espelho?

Sem a verdade que liberta, jamais estaremos livres de nós mesmos. Ainda sonho com um Brasil de cara nova... A começar por minha própria cara.


Delis Ortiz é jornalista, repórter especial da TV Globo, em Brasília. É mãe de Brenda e Bianca, e avó de Gabriel e Stella. É membro da Igreja Presbiteriana do Planalto.

quinta-feira, julho 30, 2009

Longanimidade, paciência para perseverar

Introdução

Ser paciente é difícil, principalmente, quando estamos na expectativa concernente a alguém ou alguma coisa. O cristão cheio do Espírito Santo deve aprender o segredo da paciência a fim de o caráter de Cristo ser formado nele.

I- A Paciência e os aspectos da vida cristã

A palavra paciência, no original, associa as idéias de longanimidade e serenidade em dimensões divinas. Trata-se de aprender a esperar no Senhor sem perder a esperança, mesmo que ocorram falhas e insucessos. Esta virtude capacita o crente para exercer o domínio próprio diante das provações, ou seja, ele não se precipita em “acertar as contas” ou punir. Ao mesmo tempo, também resiste ao prolongamento de circunstâncias difíceis.

Há forte relação entre a paciência e os outros aspectos da vida cristã.

II. Aspectos da paciência

1. A paciência de Deus.

Se considerarmos a paciência sob o aspecto divino, talvez, compreenderemos melhor o seu valor como fruto do Espírito. Como constatamos em Gálatas 5.22, a paciência descreve a natureza e o caráter de Deus.

Assim Deus se descreveu a Moisés. (Ex 34.6,7)

2. O Cristão e a Paciência.

A paciência como fruto do Espírito Santo no crente é essencial no relacionamento doméstico. O lar é um campo fértil para a produção deste fruto na família.

Todos os aspectos da paciência divina: longanimidade, auto-controle, serenidade, tardio em irar-se, capacidade para suportar, perseverança e perdão, podem ser produzidos em nós pelo Espírito Santo, à proporção que somos chamados a exercê-los diariamente em nossos relacionamentos interpessoais.

Conclusão

Normalmente ensinamos sobre “a paciência de Jó”. Este personagem bíblico sofreu por muito tempo, e esperou no Senhor, pacientemente, antes de serem restituídos sua saúde, família e bens.

Em Tiago 5.8, recebemos o seguinte conselho: “Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está próxima”. O desenvolvimento da paciência no interior do crente é essencial para o seu amuderecimento espiritual (2 Pe 1.5-8)


Fonte: LBM CPAD - 1º Trim de 2005

sábado, julho 25, 2009

Jesus, o Redentor e Perdoador

1. Defensor e propiação

Exceto Jesus, não há mais ninguém que não tenha pecado. Que remédio á para uma pessoa que caiu em pecado? João oferece a resposta apontando para Jesus Cristo que é nosso ajudador.

Meus filhinhos, escrevo isso a vocês para que não pequem. Porém, se alguém pecar, temos Jesus Cristo, que faz o que é correto; ele nos defende diante do Pai.

João se dirige aos seus leitores com um termo carinhoso que pode ser traduzido como “meus queridos filhos”. O termo aparece com relativa freqüência nesta epístola; assim, concluímos que o termo reflete autoridade de João como apóstolo na igreja e ao mesmo tempo revela sua idade avançada. Ele é a pessoa capaz de se identificar com pais e jovens e de dirigir-se a eles com expressões carinhosas..

a) Consolo. João escreve no singular (“escrevo isso para vocês), como um pastor amoroso que admoesta seus leitores a não caírem em pecado. João está completamente ciente da fragilidade humana e do poder sedutor de Satanás.

João fala palavras de consolo. “Contudo se alguém pecar, aquele que fala com o Pai em nossa defesa é Jesus Cristo, o Justo”. Se um crente comete um pecado, continua sendo um filho de Deus. A comunhão entre o Pai-filho continua, a menos que o filho se recuse a reconhecer seu pecado. De que maneira, então, esse relacionamento é restaurado?

b) Conselheiro. De acordo com João, “aquele que fala com o Pai em nossa defesa é Jesus Cristo, o Justo. Nosso defensor é Jesus Cristo, que João descreve como “o Justo”. Como pecadores, temos o melhor ajudador possível, pois ele é justo, ou seja, em sua natureza humana, Jesus é nosso irmão (Hb 2.11), está a par de nossa fraquezas (Hb. 4.15), salva-nos (Hb 7.25) e é nosso intercessor. Ele também é o Messias de Deus, o Cristo, que cumpriu as exigências da lei por nós e, portanto, recebeu o título de Justo. É como advogado sem pecado que ele nos representa no tribunal.

É por meio do próprio Jesus Cristo que os nossos pecados são perdoados. E não somente os nossos, mas também os pecados do mundo inteiro.

Qual o significado desse texto? As expressões propiciação e expiação são termos teológicos de tempos antigos. Por isso, na atualidade, os tradutores têm procurado encontrar equivalentes modernos para esses termos. Alguns oferecem uma paráfrase do texto: procuram esclarecer seu significado com as palavras sacrifício expiatório como substituto tanto para “propiciação” e “expiação”.

Antes de olharmos em mais detalhes a palavras usadas, devemos considerar uma passagem paralela semelhantes, mas o contexto enfatiza o amor de Deus: “Isto ;e amor: não que nós amamos a Deus, mas que ele nos amou e nos enviou seu Filho como sacrifício expiatório por nossos pecados” (1 Jo .10). Assim, devemos observar que, em seu amor, Deus deu seu filho como um sacrifício expiatório pelos nossos pecados.

Deus tomou a iniciativa desse amor para com um mundo pecaminoso ao dar seu Filho para cobrir os pecados e remover a culpa. O resultado dessa dádiva foi a morte de Jesus na cruz. Jesus tornou-se um sacrifício aceitável para restaurar e redimir o homem da maldição que havia pronunciado contra ele.

E não somente os nossos, mas também os pecados do mundo inteiro.

Aqui João se refere à abrangência do sacrifício expiatório de Cristo de Cristo. Os estudiosos com freqüência comentam que a abrangência da morte de Cristo é universal, mas que seu intento é para os crentes, ou, em outras palavras, a morte de Cristo é suficiente para o mundo todo, mas eficaz para os eleitos.

Fonte: Comentário do Novo Testamento - Simon Kistemaker

terça-feira, julho 21, 2009

A Solidariedade Cristã [3]

Caro Professor,
Explore o tema da lição sobre Solidariedade e encoraje seus alunos a praticarem o que aprenderam.
Aproveite que o mês de Julho, é mês de férias escolares e convide seus alunos a se organizarem e visitarem orfanatos, azilos ou quem sabe levantar uma campanha de doações a irmãos carentes ou que estejam passando necessidade.

Procure saber se em sua congregação há alguém doente e visite-o, se for necessário levante uma oferta a esse irmão. Promova além de solidariedade, comunhão no meio do povo de Deus.

Fale da obra missionária e na necessidade que os obreiros passam, devido a negligência da igreja em seus sustentos.

Não deixe que seu aluno saia da sala de aula da mesma forma que entrou, ore ao Senhor para que o Espírito Santo toque no coração de cada um deles.

Fiquem na Paz de Cristo
Eduardo Sousa

A Solidariedade Cristã [2]

Estou postando aqui um texto para ajudar os professores de Adolescentes.
Copiei o endereço do site http://www4.mackenzie.com.br/7158.98.html.
O autor do texto chamas-se Alderi Souza de Matos.

Lembrai-vos dos que sofrem: Histórias de compaixão e solidariedade

Por causa do exemplo e dos ensinos de Jesus, os cristãos desde o início colocaram no centro das suas preocupações a solidariedade para com os sofredores. É longa e eloqüente, na história do cristianismo, a galeria daqueles que devotaram as suas vidas para minorar as aflições dos seus semelhantes, motivados pelo amor. Dentre estes, alguns se destacaram de maneira especial pela abnegação e intensidade com que se entregaram a esses esforços. Apresentamos a seguir alguns poucos exemplos inspiradores dentre tantos que poderiam ser citados. O objetivo é tão somente mostrar o que algumas pessoas têm feito nesse aspecto tão importante quanto negligenciado da missão dos cristãos e da igreja no mundo.

1. Francisco de Assis (1182-1226)Seu nome de batismo era Giovanni di Bernardone, sendo o seu pai um abastado comerciante de tecidos na cidade de Assis. Teve uma juventude despreocupada e aventureira. Após amargas experiências de prisão e enfermidade, começou a reconsiderar os seus valores. Em 1205 fez uma peregrinação a Roma, após a qual teve uma visão na qual Deus lhe falou que reconstruísse uma igreja perto de Assis. Para esse fim, vendeu o seu cavalo e alguns bens do pai. Este o deserdou e Francisco renunciou às posses materiais. Em 1209 um sermão sobre Mateus 10.7-10 o convenceu a abraçar uma vida de pobreza apostólica. Começou a pregar o amor fraternal e o arrependimento. Sua regra monástica obteve a aprovação do papa Inocêncio III em 1209 e os seus seguidores se tornaram conhecidos como “frades menores”.
Devotando-se à pregação e ao cuidado dos pobres e enfermos, um número crescente de frades passou a reunir-se anualmente no Pentecoste em Assis. Em 1212 foi fundada por uma discípula a ordem feminina das Pobres Claras. Alguns anos depois também seria criada a Ordem Terceira, para leigos. Entre 1212 e 1219, Francisco fez várias tentativas de missão aos muçulmanos (Síria, Marrocos, Egito). Após abdicar da liderança da ordem em 1223, retirou-se para um mosteiro e passou o restante da vida em isolamento e oração. Nesse período compôs o “Cântico do Irmão Sol”, as Admoestações e o seu testamento. Sua generosidade, fé singela, dedicação a Deus e ao próximo, amor pela natureza e grande humildade o tornaram muito popular nos últimos séculos. Curiosamente, o aumento do interesse por esse personagem entre pessoas cultas deve muito aos estudos de P. Sabatier, um pastor calvinista de Estrasburgo.

2. William Booth (1829-1912) e Catherine Booth (1829-1890)Natural de Nottingham, Inglaterra, William foi inicialmente anglicano. Aos quinze anos converteu-se em uma igreja metodista, tornando-se poucos anos mais tarde um pregador avivalista. Foi para Londres, onde veio a casar-se com Catherine Mumford em 1855. Em 1861, o casal deixou a igreja metodista, dedicando-se à pregação itinerante. Fundaram a Missão Cristã (1865), voltada para o evangelismo e a filantropia. Em 1878, essa entidade teve o seu nome mudado para Exército de Salvação. Nos anos seguintes, começou a ministrar a egressos de prisões, prostitutas e alcoólatras. Em 1885, realizou a primeira cruzada contra a prostituição infantil.
A partir de 1880, quando o Exército de Salvação chegou aos Estados Unidos, Europa continental, Austrália e outras regiões, Booth passou a maior parte do tempo viajando, organizando o seu movimento e fazendo conferências. Em 1890, o ano da morte da esposa, publicou In Darkest England and the Way Out (Na Inglaterra mais escura e o caminho de saída), no qual sugeriu várias soluções para os males sociais da época. Inicialmente objeto de forte oposição, seu trabalho acabou por granjear a admiração do povo inglês, recebendo o apoio do próprio rei Eduardo VII e de autoridades estrangeiras. A principal característica desse notável casal foi o seu amor pelos pobres, cujas almas buscaram converter ao mesmo tempo em que supriam as suas necessidades materiais. Esses objetivos continuam inspirando o movimento até os dias atuais.
3. Toyohiko Kagawa (1888-1960)Esse reformador social nasceu em Kobe, Japão, sendo filho ilegítimo de um rico ministro de estado e uma gueixa. Os pais morreram antes de ele completar cinco anos. Sua infância foi marcada pela solidão e pelo sofrimento. Indo para a escola em Shikoku, a amizade de um professor cristão e de dois missionários lhe trouxe pela primeira vez amor e esperança. Converteu-se aos quinze anos e foi em seguida deserdado pela família. Sua profunda experiência do amor de Cristo o levou a dedicar a vida ao serviço dos pobres. Após quase morrer de tuberculose, ingressou no Seminário Presbiteriano de Kobe em 1905. Passou a residir nos cortiços da cidade, onde 10 mil pessoas viviam em cubículos de menos de quatro metros quadrados.
Após algum tempo de estudos nos Estados Unidos, a partir de 1919 labutou por quinze anos nas favelas, lutando pela melhoria das condições de vida e de trabalho dos marginalizados. Liderou o nascente movimento trabalhista japonês e criou o primeiro sindicato de camponeses. Tomado de grande paixão pela justiça social, pregou, escreveu e trabalhou incessantemente pela causa do socialismo cristão. Em 1925 foi autorizada a organização de sindicatos e no ano seguinte foram aprovadas leis visando a eliminação das favelas. Em 1930, Kagawa fundou a organização evangelística Movimento do Reino de Deus. Em 1940, foi aprisionado como pacifista, mas depois da guerra tornou-se o líder da democratização do país. Destacou-se como místico, ativista social, líder eclesiástico e apóstolo do amor no Japão. Entre outros livros, escreveu Antes do Alvorecer, Cristo e o Japão e Amor, a Lei da Vida.

4. Madre Teresa de Calcutá (1910-1997)Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu de pais albaneses em Skopje, Macedônia. Desde muito jovem mostrou-se desejosa de trabalhar na Índia. Em 1928 uniu-se às Irmãs de Loreto na Irlanda e foi enviada para Darjeeling a fim de iniciar o seu noviciado, adotando o nome de Teresa. No ano seguinte foi lecionar numa escola de sua ordem em Calcutá destinada para jovens de boa condição social. Sentindo-se atraída para os miseráveis, em 1948 deixou a sua ordem e foi viver nas favelas de Calcutá, ensinando crianças pobres e cuidando dos aflitos e desamparados. Outras irmãs se uniram a ela e em 1950 foi aprovada a sua nova ordem, as Missionárias da Caridade. Em 1952, fundou Nirmal Hriday, sua primeira casa para moribundos carentes.
Em 1963 ocorreu a fundação dos Irmãos Missionários da Caridade e em 1969 dos Cooperadores Internacionais de Madre Teresa. As atividades desses grupos, de âmbito mundial, voltam-se para a assistência a todos os tipos de pessoas carentes e doentes, bem como a vítimas do ódio e abandono. Em 1969, o filme Algo Belo para Deus, transmitido pela BBC, e um livro com o mesmo título, ambos de Malcolm Muggeridge, tornaram Madre Teresa conhecida internacionalmente. O seu amor abnegado, especialmente em favor dos moribundos, atraiu a atenção do mundo e ela recebeu muitas homenagens, entre as quais o Prêmio Nobel da Paz de 1979. Ela disse certa vez: “De sangue e origem, sou plenamente albanesa. Minha cidadania é indiana. Sou uma freira católica. Quanto ao meu chamado, pertenço ao mundo inteiro. Quanto ao meu coração, pertenço inteiramente a Jesus”.
Num mundo marcado pelo materialismo, hedonismo e individualismo, que esses nobres exemplos possam inspirar a muitos para lutarem contra a injustiça e o sofrimento, fazendo-o pelas razões certas, com motivações que glorifiquem a Deus.

A Solidariedade Cristã [1]- Adolescentes

Introdução

A Bíblia utiliza várias palavras relacionadas à solidariedade: generosidade, misericórdia, afeto, compaixão, etc.

Dentre estas destaco aqui três:
Generosidade – A palavra generosidade no grego é “aplotes” que, no texto de 2 Co 8.2, significa “liberdade”. Esta liberdade é a manifestação prática da essência do amor (Lc 10.33,34).

Compaixão – O termo grego “oikteiro”, significa ter piedade, um sentimento de aflição pelas adversidades dos outros.

Solidariedade – segundo os dicionários significa dependência mútua entre os homens ou sentimento que leva os homens a se auxiliarem mutuamente.

O maior ato de solidariedade
Podemos afirmar que é impossível amar sem ser liberal para doar. Deus é amor, por isso quem O serve aprende a amar sendo generoso.

Não há exemplo maior de solidariedade, do que o de Deus. Deus tem expressado de várias maneiras seu grande zelo pelos pobres, necessitados e oprimidos.
O Senhor Deus é o seu defensor. Ele mesmo revela ser deles o refúgio (Sl 14.6; Is 25.4), o socorro (Sl40.17), o libertador (Sl 12.5) e provedor (Sl 132.15).

No NT, Deus também ordena a seu povo que evidencie profunda solicitude pelos pobres e necessitados, especialmente pelos domésticos da fé.
Boa parte do ministério de Jesus foi dedicado aos pobres e desprivilegiados na sociedade judaica. Dos oprimidos, necessitados, samaritanos, leprosos e viúvas, ninguém mais se importava a não ser Jesus (Lc 4.18, 19; 21.-4; Jo 4.1-42: MT 8.2-4)
Jesus espera que o seu povo contribua generosamente com os necessitados. Ele próprio praticava o que ensinava, pois levava uma bolsa da qual tirava dinheiro para dar aos pobres (Jô 12.5,6; 13.29). Uma das exigências de Cristo para se entrar no seu reino eterno é mostrar-se generoso para com os irmãos e irmãs que passam fome e sede, e acham-se nus (MT 25.31-46).

Igrejas Solidárias
Para Paulo, a coleta para os santos pobres de Jerusalém era matéria de grande importância, levando-se em conta o espaço dedicado à questão no NT.

Ver post http://ensinadorcristao.blogspot.com/2009/06/ajuda-aos-necessitados-licao-12.html

Sentimento de liberalidade

A igreja de Jerusalém passava por um momento de aflição provocada pelas perseguições. As igrejas gentílicas, movidas por um sentimento de liberalidade, decidiram contribuir com o que fosse possível para aliviar um pouco o sofrimento dos irmãos que faziam parte da igreja-mãe em Jerusalém.

Princípios básicos sobre liberalidade
A liberalidade consiste no amor em ação. E o amor torna-se realidade por ocasião do novo nascimento.
Ver exemplo de Zaqueu

http://ensinadorcristao.blogspot.com/2009/07/novo-caminho-para-deus-pre-adolescentes.html

Toda pessoa verdadeiramente convertida ao Senhor tem um coração liberal para contribuir.
O ato de contribuir é resultado da compreensão dos valores estabelecidos na Palavra de Deus.

Conclusão
A Bíblia ensina que devemos ser solidários para com todos os homens.
O sentimento de liberalidade está ligado a conversão, por isso todo o crente tem o dever de ser generoso, pois isto é fruto do que ele já recebeu da generosidade divina.

Fontes:
Lições da Palavra de Deus - Revista 14
Bíblia de Estudo Pentecostal
Dicionário Vine

Novo Caminho para Deus - Pré Adolescentes

Lição 04 - Pré Adolescentes

Isso é algo que devemos considerar. A salvação é de graça. Mas o discipulado tem um alto preço. Zaqueu (v. 1-10) não só confirmou que a fé em Jesus pode trazer nova vida como revelou o preço do discipulado. Qual foi preço da decisão de ser discípulo de Jesus? TUDO! A vida de Zaqueu fora construída em torno do dinheiro. Seus propósitos e sua identidade estavam fundamentados na importância da riqueza e do sucesso material. Mas de repente apareceu Jesus e lhe trouxe vida. E Zaqueu correspondeu. Ele fez uma escolha. Doou metade de tudo que possuía aos pobres e restituiu quatro vezes o que cobrara injustamente. O âmago de sua personalidade, os valores que davam direção à sua vida foram subitamente mudados. O ser humano tornou-se para ele mais importante que o dinheiro. A honestidade tornou-se mais importante que o lucro. Zaqueu se havia tornado um homem novo e diferente!

Esse é custo do discipulado para você e para mim.

Quais são os seus valores? Sobre que sua vida está construída Qual sua identidade? Um empresário bem-sucedido? Um líder social? Uma personalidade popular? Qual o preço do discipulado para você, já que o que é importante para você não é importante para Deus? Entregaria algo que signifique muito para você em troca do que é importante para ele?

Isso não significa que você necessariamente deixe de ser bem-sucedido, bonito ou popular. O que muda é que essas coisas não serão mais importantes. Você será uma pessoa diferente.

O discipulado tem seu preço. Essa seção de Lucas levanta a pergunta: “Quanto custa?”. Que tópico importante para explorar em classe!

Zaqueu (Lc 19.1-10). Para esse homem, decisão significava rejeição aos antigos valores sobre os quais sua vida estava alicerçada e o compromisso com os valores divinos.

Jamais cometa o erro de pensar que somos discípulos simplesmente porque concordamos com que a Bíblia diz ou porque freqüentamos a igreja. O discípulo vai além do mero acordo, concentrando-se em uma ação definida. Ele compromete-se a fazer.

Ser discípulo significa escolher o que é importante para Cristo, bem como para nós também.
Comentem!!!
Fonte
Copilado do Comentário Bíblico do Professor - CPAD

sábado, julho 18, 2009

Perdão

Peço perdão aos amados professores de Pré-adolescentes e Adolescentes, por não ter postado subsídios para a Lição 03 das referidas lições.
Infelizmente o tempo que tenho para dedicar-me ao blog é somente a noite, mas especificamente pela madrugada e esta semana não pude atualizá-lo.

Prometo que na próxima semana estas duas Revistas serão prioridades.

Respondam a enquete aqui do blog e orem por vosso irmão.

Em Cristo

Eduardo Sousa

Alegria, muito mais que Felicidade!

Introdução
Algumas versões da Bíblia traduzem "gozo" por "alegria", sendo esta a felicidade que o crente desfruta no Espírito Santo.
O termo grego aqui é chara. O termo charis, traduzi¬do em português por "graça", vem da mesma raiz. Charis, a partir de Homero, passou a significar "aquilo que pro¬move bem-estar entre os homens".

a. Definição.
O substantivo charma traz a idéia de "encanto", de onde provém "charme" - aquilo que é for¬moso ou atraente. Como atributo do Espírito Santo, a alegria é uma qualidade implantada na alma que teve um encontro com o "Deus de toda graça", e visa uma vida de rogozijo e de agradecimento no Senhor. Paulo recomen¬da aos cristãos filipenses que sejam agradecidos e cheios de regozijo: "Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos" (Fp 4.4).

b. Alegria, fruto do louvor.
"Está alguém contente? Cante louvores" (Tg 5.13). "A alegria envolve pensa¬ mentos suaves sobre Cristo, hinos e salmos melodiosos, louvores e ação de graças, com que os cristãos se instru¬em, inspiram e refrigeram a si mesmos. Deus não aprecia a dúvida e o desânimo. Também abomina as palavras que ferem, ou pensamentos melancólicos e tristonhos".

O desejo de Deus é ver seus filhos cantando "com graça no coração" (cf. Cl 3.16). Nas Escrituras, a alegria trazia força e até saúde ao povo de Deus: "Ide, e comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque esse dia é consa¬grado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força" (Ne 8.10); "O coração alegre serve de bom remédio, mas o espírito abatido virá a secar os ossos" (Pv 17.22).
O anjo do Senhor bradou dos céus: "Não temais, por¬que eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo" (Lc 2.10). A alegria cristã, portanto, não é uma emoção artificial. Antes, é uma ação do Espí¬rito Santo no coração humano, para que este venha a conhecer que o Senhor Deus está no seu trono, e que tudo neste mundo submete-se ao seu controle, até mesmo onde a experiência pessoal está envolvida.
Esta ação poderosa do Espírito Santo em nossas vidas é inspiradora, dando-nos esperança e confiança e enchendo-nos de coragem para avançar na direção em que formos enviados. Este foi, sem dúvida, o grande sucesso da Igreja Primitiva. Os cristãos estavam cheios de ale¬gria, e por este motivo "em todos eles havia abundante graça" (At 2.46; 4.33).

c. Alegria, fruto da glorificação.
A alegria faz parte da esfera central do Reino de Deus que "não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. Porque quem nisto serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens" (Rm 14.17,18). A tristeza somente é benéfica quando vem de Deus para produzir arrependimento e, depois, edificação: "Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende..." (2 Co 7.10).

Portanto o gozo, como fruto do Espírito, é a alegria implantada pelo Senhor Jesus no coração e na expres¬são de nossa vida para com nós mesmos e nossos semelhantes. Ele disse: "A vossa alegria, ninguém vo-la tirará" (Jo 16.22).

Comentem

Fonte:
Extraído do Livro "A existência e a Pessoa do Espírito Santo" - Pedro Severino da Silva - CPAD

A Igreja e a Obra da Redenção - Central Gospel

"Pois, pela morte de Cristo na cruz, nós somos libertados, isto é, os nossos pecados são perdoados. Como é maravilhosa a graça de Deus, que ele nos deu com tanta fartura!

Deus, em toda a sua sabedoria e entendimento, fez o que havia resolvido e nos revelou o plano secreto que tinha decidido realizar por meio de Cristo. Esse plano é unir, no tempo certo, debaixo da autoridade de Cristo, tudo o que existe no céu e na terra.

Todas as coisas são feitas de acordo com o plano e com a decisão de Deus. De acordo com a sua vontade e com aquilo que ele havia resolvido desde o princípio, Deus nos escolheu para sermos o seu povo, por meio da nossa união com Cristo. " (Ef 1.7.11)



O sentido das palavras redenção e remissão

Essas duas palavras se destacam especialmente no v.7. Redenção e remissão são duas gloriosas bênçãos da salvação consumada por Jesus na cruz. Redenção, no seu termo original, relaciona-se ao ser do pecador, ao passo que remissão, no seu termo original, relaciona-se aos pecados do pecador (At 13.38; 26.18; Cl 1.14; Hb 9.22). A obra redentora de Deus é perfeita. Ele redime o pecador do poder de Satanás e também anula os seus pecados. O v.7 também retrata algo do contexto da época em que um escravo podia ser liberto de sua escravidão mediante o pagamento do resgate (1Co 6.20).

Sangue, o preço da redenção (v.7)

O preço da liberdade foi o de sangue inocente e imaculado de Cristo. O sangue requerido nos sacrifícios de animais inocentes, típico da velha aliança, literalmente derramado por Jesus no Calvário. Ali Ele se tornou o Cordeiro de Deus como sacrifício expiador dos pecados de todos os homens.

O efeito imediato da redenção (vv.8,9)

O v.8 indica que Deus tornou ampla a possibilidade de redenção e perdão, ao mesmo tempo em que capacita a todo o salvo em Cristo conhecer as riquezas da sua salvação. Nos vv.9,10, Deus fala do “mistério da sua vontade” (v.10)

O efeito futuro da redenção (v.10)

A expressão “plenitude dos tempos” significa um tempo futuro em que os propósitos divinos alcançarão o seu fim, em plenitude. A redenção no futuro chegará ao seu auge segundo o glorioso propósito de Deus no estabelecimento do seu reino eterno, onde não haverá mais tentações e tribulações, porque os salvos viverão numa só dimensão espiritual.

A soberania do conselho divino na obra da redenção (v.11).

A palavra “predestinados” neste versículo tem sido muitas vezes mal compreendida e assim interpretada no que se refere à soberania de Deus. Sabemos que Deus é soberano em sua perfeita vontade, mas quanto à salvação, não há qualquer afirmação bíblica de que os predestinados sejam uma elite única e todas as demais pessoas estejam fora da eleição divina. Deus é justo e imparcial e Ele dá a todas as criaturas humanas a mesma oportunidade de salvação. Os que atendem ao seu chamado geral desfrutam do privilégio do seu glorioso de salvação.

A herança da redenção (v.11).

O termo “fomos feitos herança” significa que esse privilégio já estava no propósito divino, porque Deus nos predestinou para sermos sua herança. Ele vela pelos salvos.

Conclusão

Toda a obra da redenção da humanidade teve o seu desenrolar progressivo na história do homem, na qual vemos o gracioso empenho da Trindade divina para a salvação da humanidade inteira, e isso até o último ato dessa obra redentora, “para louvor da sua glória”(v.14). O apóstolo Paulo teve de Deus a visão da magnificência divina na sua obra.


Extraído da LBM - Efésios - 4º Trim de 1999

Jesus, a Luz do Crente

Introdução
João começa sua carta proclamando a mensagem de que Jesus é o Verbo da vida, manifestou-se e de que os leitores podem ter comunhão com o Pai e com o Filho, Jesus Cristo. O autor continua a expandir o conteúdo dessa mensagem e explica que comunhão inclui a luz e a verdade.

Como podemos ter comunhão com Deus? Nesse texto familiar e vital do NT, João revela verdades que podem nos transformar – nossa atitude em relação a nós mesmos e a Deus.

Jesus é a Luz (1Jo 1.5-7)
A primeira resposta para a pergunta de como os crentes podem ter comunhão com Deus é simples. Deus é luz. Se andarmos na luz, teremos comunhão.

Muitas vezes, quando João fala da luz ( e usou esse termo 30 vezes nos seus escritos), está citando Jesus (Jo 8.12). A natureza essencial de Deus como luz, o distancia dos homens.
Num sentido mais literal, a luz pode ser um atributo de Deus, além do alcance dos olhos humanos.

-Deus está “envolto de luz como numa veste”(Sl 104.2)
-Deus “habita em luz inacessível” (1 Tm 6.16)
-“Pai das luzes” é um dos nomes de Deus (Tg 1.17)

A condição pecaminosa do homem faz com que o mundo permaneça nas trevas. E pior ainda: “os homens amaram as trevas, e não a luz, porque suas obras eram más (3.19). Confrontados com a natureza de Deus, os homens se torcem de debatem para afastar-se da santidade.

Assim nessa primeira carta, João nos confronta com uma realidade desconcertante. Se queremos estar confortáveis com Deus e viver em comunhão íntima com ele, devemos anda “na luz, como ele está na luz”(1Jo 1.7).

As Condições da Comunhão com Deus 1Jo 1.5-2.6

Havendo esclarecido que o seu propósito em escrever é que seus leitores entrem em sociedade (comunhão), João agora passa a deduzir da natureza de Deus as condições dessa comunhão. Deus é luz, diz ele, e não há nele treva nenhuma (5; cfr. Sl 27.1; Jo 1.4-9). Este simbolismo dirige nossas mentes para o esplendor e a pureza de Deus, e para a iluminação a que nossas vidas se expõem. Nada se pode ocultar dEle (cfr. Sl 90.8), e sendo luz, Ele exige que Seu povo ande na luz (7).

O escritor trata a seguir de três obstáculos à comunhão. Primeiro, é a alegação de estarmos em comunhão com Ele, enquanto andamos em trevas (6). Isto é mentira, porque, Deus sendo luz, não é possível estarmos em comunhão com Ele e ao mesmo tempo estarmos em trevas. Luz e trevas são incompatíveis. Lembra-se-nos que o Cristianismo é essencialmente prático. No caso das pessoas descritas por João, a vida desmente as palavras. A frase andarmos na luz (7) provavelmente lembra as palavras de nosso Senhor em Jo 11.9-10. À vista do vers. 5, podemos interpretar a cláusula como ele está na luz como expressiva da perfeição da comunhão do Filho com o Pai. Somente quando vivemos em acordo é que podemos dizer estarmos em comunhão uns com os outros (ver o vers. 3), passando João a frisar que purificação do pecado vem somente do sangue de Jesus Cristo (7). Esta última expressão quer dizer "a vida entregue na morte", e não simplesmente "a vida", como alguns comentadores alegam. Purifica está no presente contínuo e significa "vai purificando".

Conclusão
Podemos resumir o ensino de João desta maneira: se sua vida está indo ao encontro da Fonte de luz, você vai encontrar perdão para as suas falhas e inadequações. Mas se a sua vida está indo ao encontro das trevas, então pode estar certo de não ter nada em comunhão com Deus.


Considerações práticas em 1.5-10
Quadro nas paredes e adesivos em carros dizem ao mundo que “Deus é amor”. Contudo, ninguém tem uma placa que diga Deus é luz. Ainda assim, é exatamente isso que João faz em sua primeira epístola. Primeiro ele diz “Deus é luz” (1.5), e mais tarde escreve “Deus é amor”(4.16). A luz vem antes do amor, pois a luz descobre tudo o que está escondido. Quando temos comunhão com Deus (1.3,6), não podemos ocultar nossos pecados. Os pecados, assim como a escuridão, não têm lugar na luz de Deus. Devem ser removidos.

De que forma Deus remove os pecados? Este é o método de Deus: primeiro, ele nos limpa do pecado com o “sangue de seu Filho, [que] nos purifica de todo pecado” (v.7). Em segundo lugar, ele especifica qual é nossa parte na remissão do pecado: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”( 1.9). O sangue de Jesus é suficiente para nos limpar do pecado, mas precisamos estar dispostos a confessar nossas transgressões, a provisão de Deus e a responsabilidade do homem caminham de mãos dadas.
Confessar significa que eu digo a mesma coisa que Deus sobre o pecado. Deus aplica sua Lei e diz: “Você é o pecador”. E como o publicano no templo eu reconheço meu pecado e oro “Deus, tem misericórdia de mim, o pecador. Quando Deus e o homem dizem a mesma coisa sobre o pecado, o sangue de Cristo dissolve a mácula do pecado. Deus jamais se lembrará do pecado. Ele perdoa e esquece! De fato, Deus é amor.

Fontes:
Comentário Bíblico do Professor - Lawrence Richards - CPAD
Tiago e as Espístolas de João - Simon Kistemaker - Ed. Cultura Cristã
Manual Bíblico de Halley - Vida

sexta-feira, julho 10, 2009

O Plano de Salvação - Lição 2 - Pré Adolescentes

INTRODUÇÃO

A salvação é o plano de Deus de dar uma chance para as pessoas escaparem do pecado e da morte. A bíblia revela este plano. Deus enviou o seu filho, Jesus Cristo, ao mundo para morrer em nosso lugar. É por isso que chamamos de salvação - fazendo isso, Deus nos livrou do castigo e da morte que merecemos. A salvação é um dos temas principais tanto no Velho como no Novo Testamento.

A SALVAÇÃO NO VELHO TESTAMENTO

A SALVAÇÃO NA HISTÓRIA
O conceito que Israel tem de salvação foi enraizada em Êxodo - quando Deus libertou o seu povo do Egito e os guiou à terra prometida. Em Êxodo, Israel testemunhou a salvação do Senhor em primeira mão. Poetas e profetas freqüentemente falavam da salvação de Deus em relação à experiência em Êxodo. Outros eventos históricos ajudaram a moldar o entendimento de Israel sobre salvação.

A SALVAÇÃO ENFOCA AS NOSSAS NECESSIDADES
A bíblia diz que toda pessoa que já viveu é um pecador (Romanos 3:23). O pecado é resultado da desobediência aos comandos de Deus, por exemplo, mentir, enganar, roubar e invejar outra pessoa. O pecado nos separa de Deus já que Deus é santo e o pecado e a santidade não podem coexistir. A bíblia nos diz que o salário do pecado é a morte para todos (6:23).

Quando os Israelitas clamaram a Deus, eles esperavam e acreditavam que Deus os salvaria (Salmos 35:9; 65:5). Isso foi um ato de fé e abriu espaço para o ensinamento do Novo Testamento de aceitar a obra de Cristo na cruz pela fé (Efésios 2:8-9). Nós nunca merecemos o favor de Deus, a salvação é o seu presente para nós.

A SALVAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO

JESUS CRISTO E A SALVAÇÃO
O Novo Testamento nos ensina que Jesus Cristo é a fonte para a salvação (2 Timóteo 2:10; Hebreus 5:9). Como Filho de Deus, Jesus viveu uma vida sem pecado e perfeita. No entanto, Deus permitiu que Cristo pagasse pelos nossos pecados. Nós merecíamos a sentença de morte pelos nossos pecados, mas Jesus pagou o preço. Ele se tornou o nosso substituto. A bíblia diz que Jesus morreu na cruz para pagar o preço pelos nossos pecados (Romanos 5:8). Ele tinha que ser castigado para que nós pudéssemos ter paz com Deus.

O papel de Jesus na salvação é de "mediador" - o que nos representa diante de Deus (Hebreus 2:10; 7:25). A bíblia nos ensina que a salvação não é alcançada por esforço humano. É obra de Deus (1 Tessalonicenses 5:9) e é oferecida como presente para nós pela sua graça (Efésios 2:8-9). Desde o começo, a salvação era o plano incrível de Deus. Esse plano é mostrado nas escrituras (2 Timóteo 3:15) e é compartilhado por aqueles que contam da graça de Deus (Efésios 1:13).

A SALVAÇÃO NA BíBLIA
A bíblia usa muitos outros termos para nos dar uma mostra do que significa a salvação. A bíblia fala de se tornar vivo em Cristo. Jesus descreve isso como sendo "nascido de novo" (João 3:3). A justificação é um termo complicado que nos descreve diante de Deus inocentemente. A palavra redenção nos diz como fomos resgatados: Jesus nos redimiu. Ele comprou a nossa liberdade com a sua própria morte. A palavra reconciliação descreve a mudança do nosso relacionamento com Deus - agora somos reconciliados com ele. A palavra propiciação amarra o sistema do Velho Testamento de sacrifício animal com a descrição do Novo Testamento da morte de Jesus como uma maneira de se livrar da ira de Deus. Cada um desses termos (e outros) compartilha algo em comum com o conceito bíblico de salvação. Elas são como peças de um quebra cabeça que se unem para mostrar a pessoa e a obra de Jesus Cristo, o Salvador.

Fonte:
Extraído da Bíblia Ilúmina

A Conduta Cristão - Adolescentes Vencedores - CPAD

Aos guerreiros professores de adolescentes, estou postando aqui umas Dicas para o Ensino da lição 02 das Revistas do Adolescentes.

A lição fala sobre conduta cristã e o comentarista da lição cita o grande exemplo de Daniel e seus amigos, caso o amado professor queira trabalhar nesta linha de pensamento ai vai algumas dicas extraídas do Comentário Bíblico do Professor.

Prepare
Pense em uma característica de Daniel que você gostaria de ver em sua vida.

Explore
1. Apresente um breve panorama da vida e da época de Daniel. Se preferir acrescente informações históricas e exegéticas.
2. Peçam aos alunos que façam de conta que são altos funcionários de um grande império. Que impressão teriam do deus de uma nação pequena e derrotada, cujos cidadãos cativos formavam uma minoria insignificante da população?
Faça a lista dessas impressões no quadro-negro.

Aplique
Cada aluno deverá escolher uma característica que admira em Daniel e dizer por que essa característica é importante para o cristão hoje.

Boa aula.
Comentem.

Caridade: Amor em Ação - Juvenis CPAD

Introdução

O amor, em seu conceito mais sublime, é personificado em Deus. A melhor e mais curta definição do amor é Deus, pois Deus é amor. Este foi manifesto à humanidade por Jesus Cristo. (Rm 5.8; Jo 13.11)

Sentimento de apreciação por alguém, acompanhado do desejo de lhe fazer o bem (1Sm 20.17). No relacionamento CONJUGAL o amor envolve atração sexual e sentimento de posse (Ct 8.6). Deus é amor (1Jo 4.8). Seu amor é a base da ALIANÇA, o fundamento da sua fidelidade (Jr 31.3) e a razão da ELEIÇÃO do seu povo (Dt 7.7-8). Cristo é a maior expressão e prova do amor de Deus pela humanidade (Jo 3.16). O Espírito Santo derrama o amor no coração dos salvos (Rm 5.5). O amor é a mais elevada qualidade cristã (1Co 13.13), devendo nortear todas as relações da vida com o próximo e com Deus (Mt 22.37-39). Esse amor envolve consagração a Deus (Jo 14.15) e confiança total nele (1Jo 4.17), incluindo compaixão pelos inimigos (Mt 5.43-48; 1Jo 4.20) e o sacrifício em favor dos necessitados (Ef 5.2; 1Jo 3.16).

O amor na Bíblia

O amor é um tema muito importante para os cristãos. Jesus ensinou que os mandamentos mais importantes eram amar a Deus e amar o nosso próximo; eles sintetizavam todos os outros mandamentos que Deus deu a Moisés. Paulo e João também escreveram sobre o amor como sendo a parte mais importante na vida de um cristão. Dado à importância de seu conhecimento, vejamos o que a Bíblia nos diz sobre isso.

NO VELHO TESTAMENTO

No Velho Testamento, o amor erótico é abordado nas estórias de Adão e Eva, Jacó e Raquel e em Cântico dos Cânticos. Uma forma mais profunda de amor, envolvendo lealdade, constância e bondade é expressa em hebraico pela palavra “hesed”.

O verdadeiro significado dessa palavra está claro em Oséias 2:19-20: “Desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias; desposar-te-ei comigo em fidelidade e conhecerás ao Senhor”.

No Velho Testamento muitos profetas alertaram o povo de Israel sobre o fato de que Deus, em seu amor, estava decidido a disciplinar seu povo se fosse desobedecido. Mesmo sendo necessário disciplinar, o amor de Deus não muda. Durante o exílio, o amor de Deus se manteve com infinita paciência e não abandonou os israelitas mesmo quando o desobedeciam. O amor de Deus traz em si bondade, ternura e compaixão (Salmos 86:15; 103:1-18; 136 e Oséias 11:1-4). Entretanto, sua principal característica é a obrigação moral para com o bem-estar do outro.

Embora o amor de Deus seja incondicional, Ele esperava que os israelitas correspondessem aos Seus atos de amor. A lei de Deus os encorajava a serem gratos por sua redenção (Deuteronômio 6:20-25). Deus esperava que mostrassem isso sendo bondosos para com os pobres, os fracos, os estrangeiros, escravos, viúvas e todas as pessoas que sofriam qualquer tipo de crueldade. De igual modo, Oséias esperava que o amor constante entre os israelitas resultasse do amor constante que Deus havia mostrado por eles. (Oséias 6:6, 7; 7:1-7 e 10:12-13).

Assim, amor a Deus e ao “próximo como a ti mesmo” (Levítico 19:18) estão interligados nas leis e profecias de Israel. A forma de amor mais importante descrita no Velho Testamento era baseada em três idéias principais: o amor de Deus pelos israelitas, a qualidade moral do amor e o íntimo relacionamento entre o amor a Deus e o amor ao próximo.

NO NOVO TESTAMENTO

Os gregos empregavam três palavras para amor: “Eros”, amor sexual, que não ocorre no Novo Testamento; “phileo”, afeição natural, ocorre cerca de 25 vezes: “ágape”, benevolência ou boa disposição moral que resulta de respeito, princípio ou obrigação em vez de atração. “Ágape” e “hesed” envolvem uma idéia de dedicação. Ágape significa exatamente amar o indigno, a despeito de desapontamento e rejeição. Ágape se aplica muito apropriadamente ao amor divino.

NOS EVANGELHOS SINÓTICOS

Jesus demonstrou seu amor divino através da compaixão, da cura milagrosa de pessoas que sofriam e de sua preocupação com os que viviam alienados ou em desespero. Por isso, o reino sobre o qual lhes falava, oferecia boas novas para os pobres, cativos, cegos e oprimidos (Mateus 11:2-5; Lucas 4:18). Sua atitude para com os desesperados e os aflitos assegurava-lhes perdão e um abençoado retorno à família de Deus (Lucas 15). O perdão de Jesus era gratuito e para aceitá-lo Ele só requeria que as pessoas se arrependessem e fossem fiéis, amando a Deus e às outras pessoas do mesmo modo que Deus as amava (Mateus 5:44-48).

As idéias de Jesus sobre amar a Deus eram claramente ilustradas pelos seus hábitos de adoração em público, oração a sós e absoluta obediência à vontade de Deus. A parábola do bom samaritano é um dos numerosos exemplos em que Jesus mostra que o “próximo” é qualquer um que esteja ao alcance de nossa ajuda e que o amor envolve qualquer serviço que a situação requer. A parábola das ovelhas e das cabras mostra que amor inclui alimentar o faminto, vestir o que está nu, visitar o doente e o que está preso. Com sua vida aprendemos que o amor cura, ensina, defende os oprimidos, perdoa e conforta os que têm dor. Devemos amá-lo como Ele nos amou. Esse amor não espera nada em troca, nunca retorna mal com mal e julga com sabedoria.

NOS ESCRITOS DE PAULO

Os apóstolos que ajudaram na formação das primeiras igrejas cristãs entenderam a revolucionária idéia de que o amor se bastava. Paulo, reforçando a opinião de Jesus, declarava que o amor abrange toda a lei. Sua explicação sobre vários mandamentos contra o adultério, assassinato, roubo e cobiça se resume no amor, porque o amor não causa dano (Romanos 13:8-10). Em Efésios 4:25-5:2 lemos que toda amargura, raiva, mentira, roubo, calúnia e malícia devem ser substituídas por ternura, perdão, bondade e amor.

NOS ESCRITOS DE JOÃO

Para João, o amor era o início de tudo, “Porque Deus amou o mundo” (João 3:16; 16:27 e 17:23). O amor é a crença fundamental dos cristãos, porque Deus é amor (João 4:8 e 16:1). A vinda de Jesus ao mundo e sua morte na cruz nos mostram isso (I João 4:9-10).

A idéia cristã de amor só pode ser preenchida num grupo de cristãos que se mantêm em comunhão. Todos os cristãos experimentam o amor de Deus quando passam a crer em Jesus e praticam esse amor entre si. Porque Deus é amor, isto é central, essencial e indispensável para o Cristianismo.

Os principais tipos de amor

Amor divino (Jo 3.16)

O amor divino é expresso pela palavra grega agape que significa “amor abnegado; amor profundo e constante”, como o amor de Deus pela humanidade. Esta perfeita e inigualável virtude abrange nosso intelecto, emoções, vontade, enfim todo o nosso ser. É o amor ágape descrito em 1 Co 13.

Amor fraterno

Em 2 Pe 1.7, encontramos o amor expresso pela palavra original philia, que significa “amor fraternal ou bondade fraterna e afeição”. É amizade, um amor humano, limitado. Esse tipo é essencial nos relacionamentos interpessoais, no entanto, é inferior ao ágape, porquanto depende de uma reciprocidade; ou seja, somos amigáveis e amorosos somente com os que assim agem (Lc 6.32).

Amor físico

Há outro aspecto do amor humano, o qual não é mencionado na Bíblia, contudo, está fortemente subetendido através de fatos: o eros. Este é o amor físico proveniente dos sentidos naturais, instintos e paixões. Costuma basear-se no que vemos e sentimos; pode ser egoísta, temporário e superficial, e tornar-se concupisciência. É inferior aos outros porque muitas vezes é usado levianamente.

O maior desse é o amor ágape – o amor de Deus, que foi manifestado na vida de Jesus.

Conclusão

Jesus almeja que amemos as pessoas como Ele nos ama: "O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei: (Jo 15.12). Isso nunca seria possível mediante o amor umano, limitado. Entretanto, à medida que o Espírito Santo desenvolve a semelhança de Cristo em nós, aprendemos a amar como Cristo amou.

Fontes:

LBM - 1º Trim. de 2005

Bíblia Ilúmina


quinta-feira, julho 09, 2009

Jesus em cada livro do Antigo Testamento

Em João 1.1-4 e 14 lemos a respeito dEle: "No princípio era o Verbo (a Palavra), e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens... E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai." Por isso encontramos o Filho de Deus já no Antigo Testamento:

Em Gênesis, Ele é chamado de "semente da mulher".
Em Êxodo, Ele é o cordeiro pascal.
Em Levítico, Ele é apresentado como sumo sacerdote.
Em Números, Ele é a coluna de nuvem de dia e a coluna de fogo à noite.
Em Deuteronômio, Moisés fala dEle como sendo profeta.
Em Josué, Ele é o líder da nossa salvação.
Em Juízes, Ele aparece como nosso juiz e legislador.
Em Rute, Ele é resgatador.
Em 1 e 2 Samuel vemos a Jesus como nosso verdadeiro profeta.
Em Reis e Crônicas, Ele é o nosso Senhor Soberano.
Em Esdras, Ele aparece como o homem que restaura os muros caídos de nossa existência humana.
Em Neemias, vemos o Senhor como nossa força.
Em Ester, Ele é o nosso Mordecai.
Em , Ele é chamado de nosso Salvador eternamente vivo.
Nos Salmos, Ele é nosso bom pastor.
Em Provérbios e Eclesiastes, Ele brilha como nossa sabedoria.
Em Cantares, Ele é o noivo que nos ama.
Em Isaías, Ele é chamado de "Príncipe da paz".
Em Jeremias, Ele aparece como o "renovo de justiça".
Em Lamentações, Ele é nosso profeta que chora.
Em Ezequiel, Ele nos é apresentado como o homem maravilhoso "com quatro rostos".
Em Daniel, Ele é o quarto homem na fornalha ardente.
Em Oséias, Ele aparece como o marido fiel, que é casado com uma infiel (Israel).
Em Joel, Ele é o que batiza com o Espírito Santo e com fogo.
Em Amós vemos Jesus como aquele que carrega nossos fardos.
Em Obadias, Ele é poderoso para salvar.
Em Jonas, Ele está diante de nós como o grande missionário para os gentios.
Em Miquéias, Ele é o Deus encarnado (Mq 5.1).
Em Naum, Ele é mencionado como o juiz escolhido por Deus.
Em Habacuque, Ele é o evangelista de Deus que clama: "Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos" (Hc 3.2).
Em Sofonias, Ele se manifesta como nosso Salvador.
Em Ageu, Ele é o restaurador da herança de Deus perdida.
Em Zacarias, Ele é apresentado como a fonte aberta da casa de Davi que purifica os pecados e as impurezas.
Em Malaquias, Ele se mostra como o "sol da justiça" com a "salvação nas suas asas" (Ml 4.2).

quarta-feira, julho 08, 2009

Paulo, um exemplo de vida - Central Gospel

Estrada de Damasco

Introdução

Paulo foi o apóstolo que mais recebeu revelações acerca das doutrinas cristãs. Seu amor, dedicação e zelo pela obra do Senhor são incontestáveis e admiráveis. O despreendimento desse incansável homem de Deus pela evangelização, resultou no acelerado crescimento da igreja primitiva.

Breve Biografia de Paulo

O cabeça da campanha de repressão ao Cristianismo, a qual se seguiu à morte de Estêvão, era Saulo de Tarso, destinado a tornar-se um dos maiores homens de todos os tempos. Embora nascido cidadão romano, na cidade grega de Tarso, na Ásia Menor, foi criado por pais judeus, não como helenista, senão como "hebreu de hebreus" (#Fp 3.5). Fora mandado a Jerusalém para educar-se aos pés de Gamaliel, o grande líder dos fariseus, com quem, na qualidade de conselheiro prudente, já entramos em contato. O discípulo mostrava ter pouco da moderação do mestre. Como judeu da Cilícia, bem que podia ser freqüentador da sinagoga onde se feriram os debates de Estêvão, ali ouvindo os argumentos fadados a minar toda a estrutura religiosa do Judaísmo. A mente de Saulo, tão perspicaz como a de Estêvão, percebeu quanto era inconciliável a velha ordem com a nova, e saiu a campo como vigoroso campeão daquela, resolvido a extinguir o movimento revolucionário.

No martírio de Estêvão parece que ele desempenhou algum papel oficial, e daí por diante, aonde quer que os crentes se dirigissem na sua dispersão, ali Saulo os perseguia, não somente na Palestina, como até em Damasco. Para as sinagogas desta última levou uma carta do Sumo Sacerdote, autorizando-o a capturar e trazer para Jerusalém todo aquele que, fugindo, procurasse refugiar-se na antiga cidade síria. As ordens do Sumo Sacerdote eram acatadas nas sinagogas do Império, e sua autoridade em matéria religiosa era sancionada pelo poder romano. Foi na sua viagem a Damasco que Saulo defrontou com a visão do Cristo ressuscitado, que tão grande revolução operou em sua vida, fazendo dele, dali por diante, o mais valente campeão da fé que até então procurara destruir. "Unicamente a conversão e o apostolado de São Paulo", na opinião do estadista do século dezoito, George, Lord Lyttelton, "devidamente considerados, foram de si mesmos uma demonstração suficiente de que o Cristianismo é uma revelação divina. Quando refletimos nas implicações desse fato, concordamos com essa opinião. Lucas percebeu a importância da conversão de Paulo, visto como, apesar do espaço limitado de que dispõe, narra-a com alguns pormenores três vezes, uma na terceira pessoa (#At 9), e duas vezes contada pelo própria apóstolo (#At 22; 26).

Aparecendo o Senhor a Ananias, preparou desse modo o caminho para a recepção de Paulo pelos cristãos de Damasco. As palavras de Cristo, mencionando-o como "vaso escolhido", nunca mais saíram da memória do apóstolo. Anos mais tarde reconhecia ele que, sem o saber, fora separado por Deus para a obra do evangelho, antes mesmo de nascer (#Gl 1.15; #Rm 1.1). Judeu de nascimento e formação, era também cidadão romano; os privilégios inerentes a essa cidadania mais de uma vez lhe foram de proveito. Embora muitas vezes se tenha exagerado a influência da atmosfera educacional de Tarso, sua terra natal, não é necessário minimizá-la ao ponto de fazê-la desvanecer-se de todo.

O Zelo apostólico de Paulo
1. O zelo de Paulo pelo trabalho das mulheres cristãs de Éfeso (1Tm 2.9-15)
Ao contrário do que se pensa, a exortação de Paulo ao comportamento das mulheres da igreja de Éfeso, expressa sua compreensão, simpatia e zelo por elas. Tal atitude deve ser entendida com vistas à cultura, ao local e às circunstâncias envolvidas. O apóstolo sempre valorizou o trabalho das mulheres que o auxiliavam no ministério (1 Tm 1.; Rm 16.1-7,12,15)

2. O zelo de Paulo pela ordem da ingreja
Se os conselhos de Paulo a Tito fossem observados por todas as igrejas, não haveria tantos problemas na condução do rebanho do Senhor.
Paulo nos assevera, em Tt 1.5-9, que a verdadeira Igreja de Cristo não subsiste sem obreiros irrepreensíveis em todas as áreas da vida.

A autenticidade de Paulo
1. Autenticidade na conduta
O modo como Paulo dirigiu-se aos tessalonicenses demonstra sua autenticidade de caráter. Sua linguagem e afirmações pessoais denotam a ausência de cobiça, vaidade ou interesses espúrios (1 Ts 2.5,6).

Não encontramos no NT qualquer atitude ou expressão que macule o caráter de Paulo, ou enfraqueça seu vigoroso ministério.

2. Autenticidade nas convicções (Gl 2.7-14)
Temos em Paulo um bom exemplo da necessidade de sermos autênticos em todos os nossos relacionamentos.

Os anos finais e o martírio

Se assumirmos que Paulo é o autor das cartas pastorais (1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito), podemos traçar o provável curso dos eventos dos últimos anos de Paulo. Romanos 15:28 mostra que a intenção de Paulo era entregar as arrecadações e ir em direção a Roma e depois para a Espanha. O fato de ele ter sido preso em Jerusalém não só atrapalhou seus planos mas também o fez perder tempo que ele queria gastar em outro lugar. Nós sabemos que algum tempo depois de 61 D.C., Paulo deixou Tito em Creta (Tito 1:5) e viajou através de Mileto, sul de Éfeso. Viajando em direção a Macedônia, Paulo visitou Timóteo em Éfeso (1 Timóteo 1:3). No caminho, Paulo deixou seu manto e seus livros com Carpo em Trôade (2 Timóteo 1:3). Isso indica que a intenção dele era voltar ali para pegar as suas coisas. De Macedônia, Paulo escreveu sua carta afetuosa porém apreensiva a Timóteo (62-64 D.C). Ele havia decidido passar o inverno em Nicópolis (Tito 3:12), noroeste de Corinto, mas ainda se encontrava na Macedônia quando escreveu esta carta a Tito. Essa carta é parecida com 1 Timóteo, mas com um tom mais rigoroso. Nela há uma última referência ao eloqüente e zeloso Apolo (Tito 3:13), que ainda trabalhava para o evangelho por mais de dez anos depois de ter conhecido Paulo em Éfeso (Atos 18:24).
Neste ponto da história o caminho de Paulo é desconhecido. Ele pode ter passado o inverno em Nicópolis, mas ele não retornou a Trôade como ele havia planejado (2 Timóteo 4:13). Em algum ponto os romanos provavelmente o prenderam novamente, pois ele passou um inverno em Roma na Mamertime Prison, passando frio na cela gelada de pedra enquanto escrevia a sua segunda carta a Timóteo (66-67 D.C). Ele podia estar antecipando isso quando pediu para Timóteo lhe trazer o seu manto (2 Timóteo 4:13,21). Nós só podemos especular quais eram as acusações contra Paulo; alguns sugerem que Paulo e os outros cristãos podiam ter sido acusados (falsamente) de terem incendiado Roma. Era, no entanto, contra a lei pregar a fé cristã. A proteção que havia sido dada aos judeus tinha sido retirada dessa nova religião estranha. Paulo sentiu o peso dessa perseguição. Muitos o abandonaram (2 Timóteo 4:16), inclusive todos os seus colegas na Ásia (1:15) e Demas que amava ao mundo (4:10). Apenas Lucas, o médico e autor do livro de Lucas e Atos, estava com ele quando ele escreveu a sua segunda carta a Timóteo (4:11). Crentes fiéis que estavam escondidos em Roma também manteram contato (1:16; 4:19, 21).
Ele pediu a Timóteo que viesse ao seu encontro em Roma (4:11), e aparentemente Timóteo foi. O pedido de Paulo que Timóteo o trouxesse seus livros e o seu pergaminho indica que ele estava estudando a palavra até o fim.
O apóstolo Paulo teve duas audiências diante dos romanos. Na sua primeira defesa só o Senhor ficou do seu lado (2 Timóteo 4:16). Lá não só ele se defendeu como também defendeu o evangelho, ainda na esperança que os gentios escutassem sua mensagem. Aparentemente não houve um veredicto, e Paulo foi "livre da boca do leão" (4:17). Apesar de Paulo saber que morreria em breve, ele não temeu. Ele foi assegurado que o Senhor o daria a coroa da justiça no último dia (4:8). Finalmente, o apóstolo em si escreveu encorajar todos os que criam "O Senhor seja com o teu espírito. A graça seja com vosco" (2 Timóteo 4:22, RSV). Depois disso, a escritura não menciona mais Paulo.
Nada sabemos sobre a segunda audiência de Paulo, mas provavelmente resultou em sentença de morte. Não temos nenhum relato escrito do fim de Paulo, mas foi provavelmente executado antes da morte de Nero no verão de 68 D.C.. Como um cidadão romano, ele deve ter sido poupado das torturas que os seus companheiros de mártir haviam sofrido recentemente. A tradição diz que ele foi decapitado fora de Roma e enterrado perto dali. A sua morte libertou Paulo "partir e estar com Cristo, o que é muito melhor" (Filipenses 1:23, RSV).

Conclusão
A Bíblia ensina que as pessoas são mais valiosas que os bens materiais. O zelo e preocupação de Paulo pelos seus companheiros de ministério e pela conversão dos pecadores demonstra-nos o quanto os amava
E os valorizava acima da própria vida.


Fontes:
Bíblia Ilúmina
Lições Bíblicas - 3º Trim 2007 - A busca do Caráter Cristão
Comentário Bíblico do Professor
O Novo Comentário da Bíblia